Só porque eram primos, pensou; depois escorregou o olhar para os cantos. E eles foram sempre amigos, não havia razão para nutrir sentimentos egoístas por ele. Por ele, pensou; e depois pensou mais, e nas coisas que fizera por ele: abrir mão da bicicleta mais cara no aniversário para que cada um ganhasse uma e se divertissem os dois; dividir o Trident - que já é tão pequeno!; passar as férias no sítio com a família dele, em vez de praia com a avó materna dela; andar de mãos dadas no shopping a se fingir de namorados para pagar meia no cinema... Agora já não era preciso, e tudo era tão perturbado: ele mediu a aliança de noivado no dedo dela, que, por alguns segundos, quase imaginou. Só porque eram primos, suspirou; e depois escorregou.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
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9 comentários:
E assim, um monte de coisa aí vai ficando por um triz...
E como teria sido se fosse???
Adorei o texto...
Paixões que surgem quando somos crianças e percebemos que nossos primos são entes queridos e até brincamos de amantes, mas depois passa... passa :D
Você é fenomenal. Forte Abraço.
Priscila, já tinha lido algumas poesias suas e adorei, agora descobri esse blog e estou adorando sua prosa também, parabéns!
Um abraço,
Geraldo.
Pri adorei o texto .... adoro esses continhos ... fiquei tão surpresa com sua visita ... porque pensei que era minha amiga comnetando ... minha amiga que mora comigo ela tem o mesmo nome acredita?? porém o Priscila dela é com dois LL hahahaha ... sucesso menina!!!! beijinhos
aaaa e ela é Lopes del rey visite o blog dela ... http://oquefazeremcasodeincendio.blogspot.com/
olá Priscila,
depois de alguns dias afastado, retornando.
teus escritos sao maravilhosos e "só por isso", sempre a te ler aqui.
abraço a ti.
daufen bach.
motivo tão besta, ora pois. rs..
não se pode prever o futuro.
Amores infantís ou não...Na minha família primos se casaram e - felizes - estão ainda.
Abraços.
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