Quando combinavam, nunca dava certo; um sempre faltava. Era mais fácil quando não sabiam - ah, como se ninguém soubesse! As mãos segurando uma impaciência que não se continha; os lábios se apertando de vontade. Duas crianças. Em certas ocasiões duravam madrugada adentro sem nem conversar. Mas não havia graça em ser só eles dois. Outro casal os excitava. Chegavam a enrolar mais um pouquinho, esticar ao máximo o fio do tempo até arrebentar-se numa gargalhada. Parceiros, cúmplices, insuportáveis até. Enumerando as esperas. Olhares cruzados no silêncio de um cigarro. E o gozo final, vitorioso: ... cinco, quatro, três, dois... Toma! Bati!
sábado, 22 de maio de 2010
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7 comentários:
de dois em dois...
adorei, priscila.
grande beijo!
menina, vc sempre surpreende
;)
beijo,
G.
remate. de nossos males.
.. Sempre incrivel, arrebatador como um machado...
saudaçõessssss
Olá, Priscila. Parabéns pelo trabalho. Filipe Ribeiro (http://poesigna.blogspot.com/)
Adorei!!!
;)
dois é melhor que um!
adorei sua idéia e já sinto "uma impaciência que não se contém"!!!
eu topo, sim. Podemos começar pelo blog.
diga-me quando que eu vou me preparando.
bjs
tudo lindo aqui, sempre!
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