segunda-feira, 20 de setembro de 2010

caraminholas

Primeiro assim: pontinhos coloridos; depois começam a girar girar e esticar as cores até formar dois caracóis médios; então sai do papel e vai um caracol pra cada lado da minha cabeça; ficam girando na altura da orelha; eu olho assim pro mundo, e os caracóis girando pra que eu ouça suas cores; parece um disco na vitrola, mas em vez de som começa a vir um cheiro, o cheiro dessa coisa de que necessito, e que chamo com uma quase alegria de inspiração; acho bonito o nome e começo a senti-lo, calculadamente; até que os caracóis ficam muito mais rápidos do que cabe em mim ouvir cheirar e eu começo a escrever escrever escrever como se os dedos tivessem a medida dos giros e o mundo fosse ter fim; eu escrevo giro escrevo giro escrevo giro e de repente acaba, como a criança que é parada num carrossel pela estupidez carinhosa da mão de um adulto; e tudo pede pra eu ter calma, e tudo diz que vai voltar, calma, vai voltar, mas eu sempre desconfio.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

medo

andei com medo. andei com medo abri uma porta e tranquei o medo lá dentro; era minha aquela porta, era minha. subi uma montanha, subi o mais alto que pude, deixei o medo lá mesmo; ele voltou rolando por cima de mim, descemos morro abaixo, trepidantes os dois de encontro aos rochedos. atirei o medo às ondas que estalavam ameaçadoras emergindo rupturas; o medo estava quase se afogando. o medo tem medo da água, de altura, de quartos escuros; o medo é meu; só eu sei o quanto tenho medo de perder o medo, e ir.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

alguns registros do lançamento em Floripa

Coquetel de lançamento de "Uns traços, todos imponderáveis"
Fotografia: Leonardo Gaudio


Café Cultura Bistrô
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Performance de Luiza Lorenz

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eu mesma.

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mais uma vez agradeço a presença de todos

estas são apenas algumas das fotos

devo divulgar todas no orkut em breve.