segunda-feira, 25 de outubro de 2010

já ia

Eu já sei o que você vai dizer. Que eu já tenho trinta anos na cara, que já pensei que não amaria de novo antes, e várias vezes, que eu já perdoei coisa pior e já pedi perdão por coisa que-meu-deus-do-céu; que eu era um galinha escroto aos vinte e sou uma mulherzinha atordoada aos trinta. Depois eu vou te lembrar das tuas também: daquela vez que você ameaçou se afogar na lagoa, morrer de amor; caminhou uns cem metros adentro com a água ainda na cintura, e a guria te olhando da beira da praia, a galera toda assistindo, deixando pra ver até onde você ia; você é muito raso, meu amigo, você não corre riscos. Conheceu, casou, deu; filhos, videoteca, casa no sítio. No fundo, eu queria ser você e você queria ser mais eu; mas não deu, pronto, chega.

sábado, 9 de outubro de 2010

Raios! Maçãs premonitivas atacam sendo. Ontem éramos hoje, e nunca saberemos.