andei com medo. andei com medo abri uma porta e tranquei o medo lá dentro; era minha aquela porta, era minha. subi uma montanha, subi o mais alto que pude, deixei o medo lá mesmo; ele voltou rolando por cima de mim, descemos morro abaixo, trepidantes os dois de encontro aos rochedos. atirei o medo às ondas que estalavam ameaçadoras emergindo rupturas; o medo estava quase se afogando. o medo tem medo da água, de altura, de quartos escuros; o medo é meu; só eu sei o quanto tenho medo de perder o medo, e ir.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
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8 comentários:
Oiin, que lindo!
Pelo menos o medo não lhe impede de escrever! hehe :D
Beijos!
Ana
Me lembrei do Lenine: "tenho medo de correr e de cair/medo que dá medo do medo que dá..."
Parabéns pelo site e pelo livro!
hoje disse o medo também, do medo de perder raízes.
:*
Olá! Lendo Valéria Tarelho,cheguei até você. Gostei do seu estilo. Vou ler mais, acredite.
Bj
Neusa
Cara Priscilla
Recebi seu lindo livro aqui na Redação. Agradeço muito sua gentileza e o presente, que lerei com prazer.
Um abraço
Marcos
Cara Priscila, publiquei o comentário anterior com o nome do meu filho, Samuel, que tem conta no Blogger. Mas a mensagem é minha mesmo.
Outro abraço
Marcos Guterman
o meu medo é de não conseguir ir... mas é o meu; o teu é o teu.
sempre muito bom por aqui,
bj, Pri!
É preciso perder o medo de ter medo... e se jogar.
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