Eram jovens, e foi quase sempre a mesma história. Ele encostado no balcão da cozinha, observava através do espelho gestos femininos; som de correntes contra a pia do banheiro. Arrastavam-se entre móveis. Lambiam-se distantes. E de vez em quando se comiam. Sem dó.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
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5 comentários:
Delícia. (Arrastar correntes é meio Ghost e, como sabemos, Ghost não se discute!)
Oi Priscila. Quando se é jovem é assim...arrasta-se correntes...torrentes; leva-se tudo na frente com aquele apetite voraz da juventude; depois com os tempos vai-se mais devagar...já não há correntes contra a pia...torrentes perdem a sua impetuosidade...labem-se ainda...comem-se também...mas já pouco "sem dó". Um beijinho, amiga!
Emília
Tudo muito simples.
Palavras muito fortes.
Gostei, PRI
BJS
assim devendo ser.
As correntes nos prendem, mas nos soltamos facilmente quando embuídos.
Belo texto o seu!
Um beijo!
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