Com eles sempre foi tudo diferente. Foi ela quem fez O Pedido. E foi ele quem enrubesceu. Ela pediu gentilmente, como se na verdade não quisesse, que ele a esquecesse, e lentamente tomou de volta as próprias mãos, e lentamente obteve força nas próprias pernas para caminhar em sentido contrário, a favor do vento que encrespava o mar e lembrava aquelas tardes de outono e caos, em que barcos tentam se abrigar da chuva que nunca chega. Ele de alguma maneira tentou impedir alguma coisa, que talvez fosse a sua partida, ou apenas o gesto de ir daquela forma, sem muito dizer, sem carinho. Depois, o tempo passou tão depressa, e tantas coisas aconteciam, que eles até acreditaram que era pra (não) ter sido aquilo mesmo. Como as tartarugas que nascem e cegas se lançam das areias para o mar.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
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4 comentários:
linda prosa poética!
bjs
Tu escreves bem!!!! Mas irei confirmar isso ou então se
sou eu que leio bem demais:)
as vezes ligamos o piloto automatico e vamos brincando de viver!
Boa metáfora essa das tartarugas...
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