quinta-feira, 15 de abril de 2010

tudo novo de novo

Não queria roubar-lhe flores, presentes, apetrechos de antigas relações, imortais. Chegou com uma taça de silêncio - queria experimentar o improviso simpático de quem não sabe por que veio - desajeitou as almofadas do divã, rolou pra baixo do tapete. Observa. Observa. Venera tanto que abala. Por fora tudo em concordância, conjunturado; costurando e descosturando línguas e lábios, alinhavados. Sede. Suspiro. Certeza? (parece desajeitada ela, tentando evitar a queda, do chão; tentando parar o trem nos trilhos, com a mão). Ignora que que cada encontro é uma saliva sua que sai da boca, é um cheiro seu no outro corpo, é um peito que vai beijado pela mão de outro; costas, nuca, pescoço; até ir-se toda, inteira, e não ter mais volta.

7 comentários:

Anônimo disse...

merci beaucoup, Priscila!
se nos encontrarmos fisicamente no mesmo lugar da Via-láctea, pode ter certeza que a troca acontecerá.

inté!

thaylan werner disse...

Pois bem, obrigado pelos parabéns, e por apresetar-me -indiretamente- teu trabalho. Besitos!

thaylan werner disse...

e como poderia ter esquecido, de pra você doar também os antecipados parabéns? vamos nos ler, há sempre algo de bom para se escrever!

Vinícius Remer disse...

A rotina quebrada pela desconstrução de uma sala ou de uma nova forma de anseio pelo tesão
:*

Cynthia Lopes disse...

E sempre começa tudo,
e é tudo novo de novo,
a cada recomeço.
Gostei muito, desta persona
meio que desajeitada, e sua
história. bjs

Cefas Carvalho disse...

"Taça de silêncio"... belíssíma frase. Mais umbelo texto. Ah, eu tenho no meu blog jornalistico www.cefascarvalhojornalista.blogspot.com uma brincadeira na qual peço a diversas pessoas os "1o filmes que levariam para uma ilha deserta". Entre no meu blog ou me mande seu e-mail para eu detalhar o projeto (cefascarvalho@gmail.com). Grande abraço.

BAR DO BARDO disse...

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