segunda-feira, 10 de maio de 2010

os noivos

De vez em quando se olhavam, pensamento querendo. Enquanto um tentava solucionar um problema que era só cálculo - ainda assim suficiente para levar a mão esquerda à testa - o outro já havia desistido. De tanto olhar, às vezes se falavam. Quase fúteis. Equilibrados numa espera que era só deles, e que - sabiam eles - tinha de se perpetuar; mentalizavam conselhos infantis: calma, calma... é só não olhar pra baixo. E prosseguiam em pequenas doses de alívio e ansiedade a cada quinze dias. Às vezes também, pra piorar, um deles faltava. Mas até saber disso, como ter certeza? Como evitar os olhos na porta, a pergunta que não se tinha a quem fazer? Foi esse quase por quase dois anos. Até que se tornaram especialistas, e cada um foi morar noutro lugar. Ainda bem.

6 comentários:

ítalo puccini disse...

cacetada!

como gosto dos teus escritos assim, diretos,
aquilo que é mesmo um relacionar-se.

beijos daqui!

NDORETTO disse...

FANTÁSTICO, ADOREI!!!!!!!rSRSRSR,CURTO E PERFEITO!!!!!

BEIJÃO
NEUSA

Cláudia Magalhães disse...

Bom demais, Priscila! Uma delícia te ler! Bom vir aqui! Voltarei e voltarei e voltarei... Parabéns!

Obrigada pela visita! Adorei!Volte, sempre!

Beijos
Cláudia.

Enzo de Marco disse...

olá senhorita !!
como vc ta ??
sempre é bom olhar os comentarios e ver o seu .kaka
VIVA a EVAaaaaaaaa

Liana Keller disse...

rerererere
amei as almas gêmeas
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Emília Pinto disse...

È um problema....os relacionamentos são sempre um problema; há quem consiga mante-los, às vezes aos trancos e barrancos, mas lá seguem... há muitos que ficam nesse quase por tempo demais e de tantos quase se faz uma certeza e aí...vai um para cada lado. A vida está cheia de " quase",,,de incertezas...tem que se ter coragem para as contornar. Um beijinho, amiga e qualquer dia volto. Não é um " quase"...é uma certeza.
Emília