Primeiro, eu não era tão nova que não pudesse acreditar; nem tão limitada que não pudesse alcançar. Eu só tive medo, e não sabia antes do quê. Antes era um vidro embaçado. Antes era uma espinha de peixe de lado na garganta. Você sabe sobre o que eu estou falando, até quem não passou por isso faz uma ideia. Depois éramos tarde demais - eu sempre volto nesse ponto que não-sei-bem-o-que-é-isso. E viemos antes que todos pudesssem se prevenir, fizemos planos "incumpríveis" - e criamos um dicionário todo nosso, do qual hoje não posso fazer uso com mais ninguém; vivo a evitar certas palavras. Assim: eu fui desistindo, você foi desistindo, a gente nem se fez. Vale lembrar que eu te avisei, e você me avisou, como era impossível de se conviver, ainda que a gente tenha encontrado nessa coincidência a oportunidade boba de fazer durar alguma coisa. Após esses rodopios do tempo envolta da gente, eu me recordo não que te perdi, mas que te esqueci de trazer, e já não sabia onde havia posto, e como sempre estou atrasada, tenho que ir, vou andando...
Mas eu te espero ainda; como quem sonha em ganhar na Mega Sena, e não joga.
Mas eu te espero ainda; como quem sonha em ganhar na Mega Sena, e não joga.
8 comentários:
Pri, tem um selo legal para ti no meu blog, passe por lá!
bjussssssssss
Imagino a sorte grande
mas nao aposto nela.
Olá Priscila! Faz tempo que não venho aqui..há sempre intervenções na vida; um dia é uma coisa que intervem nos nossos planos outras vezes seremos nós a intervir no percurso normal da vida e lá estamos nós a deixar de fazer uma coisa ou outra que costumavamos fazer ou que tanto desejavamnos. Os medos também são intervenções...hoje, medos diferentes...não medo do escuro...de uma espinha que poderá ferir a nossa garganta, nem sequer medo de bicho papão; temos medo de não cumprir aquilo que prometemos à vida, pois a vida é exigente...não se pode desafiar a vida...ela não se compadece; quer que a vivamos e convivamos com tudo o que ela nos oferece todos os dias. Perdemos tempo, demoramos muito tempo...não importa isso à vida; nós fazemos o nosso tempo e estamos aqui para ganhar...ganhar tempo aproveitando-o ao máximo, vivendo, convivendo, sonhando, jogando, cumprindo, não cumprindo, intervindo...esperando também; esperamos sempre por alguma coisa. Eu espero voltar aqui...espero que não haja intervenções nesta minha intenção. ÀS vezes posso impedir...posso intervir nas intervenções; outra vezes não...outras vezes vencem elas e a gente fica à espera...outra oportunidade virá. Um beijinho, Priscila e um bom fim de semana
Emília
nossa, como gostei deste texto...
bj
Identificação total... (e não estou falando do nome)
Que talento, Priscila. A arte de dizer o óbvio sem ser óbvio. Claro que nos reconhecemos.
Um abraço.
antes era um vidro embaçado.
amei essa frase!
bjo, priscila!
Olá,
Gostei do que li...
Vi que estaremos juntas no III Prêmio Canon de Poesia
Te sigo,
abraço
marlene
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