Sem contar que era incalculável. Romperam de imediato. Melhor parar por aqui enquanto... não sabiam. Ainda hoje ela se questionou se aquele defeito dele teria mesmo atrapalhado a ponto de. Ele já não se pergunta, porque acredita que ela o superou e que a vida continua, bola pra frente, as coisas são assim, melhor não se apegar etc. Na verdade ele não acredita em nada disso. Ele ainda espera que ela telefone; mas tem que partir dela. Mas ela é tão matemática. Soma as semelhanças e se distrai num sinal estranho nas costas dele, na tosse crônica em meio ao filme, no barulho de gato que carrega às vezes na barriga - quando bebe, é só quando bebe. Ela não percebe. Ele não se atreve. A culpa é dos dois. E seguem impunes.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
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5 comentários:
Esse fazer do amor "um cálculo matemático", como disse dona Clarice, ainda pode nos levar a resultados imprevisíveis demais, tortos demais, dízimas periódicas complexas, compostas, cíclicas, de-pro-por-ci-o-nais!
Quem não quer ver resultado?
Deixo aqui desejos de somatório, Pri...com sorrisos multiplicados!
Beijos e ótima semana!
A coisas inexatas...Imprecisas...Contar o incalculável é uma hipótese presumível mas teu texto é incrível como um ponto que é ponto final. Beijos.
50% de um coração é pior do que zero...
Um fulminante dói bem menos.
Quantos e quantos são assim! Acasos em casos que não se casam. Nada é presumível. Nem tudo é relativo. Belo, apenas o texto. Beijo.
Pois ele, ele também era um ser matemático.
Não se atrevem, vence a lógica: seguem impunes. Tão calculável.
É só quando bebem que se punem de amor, por amor.
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