segunda-feira, 20 de julho de 2009

Queda, 1997. Mario Pacheco - Xilogravura.


Onde reside o prazer senão no atrevimento? Embrenhar-se no desconhecido quente, no gélido estado de não saber; permitir-se: eu topo, eu encaro. Mas nesse estado se está subindo, e não enxerga-se na subida a altura do penhasco; se há um abismo – às vezes é certo que vem uma descida, ou mesmo uma planície – geralmente é um abismo e aí, aí ninguém quer topar mais nada, se não há no que se agarrar, muitas vezes o que se decide é um salto, e não se percebe. Desistir de saltar pode ser o maior salto já ousado. Desistir de seguir é tão ousado quanto ir, simplesmente ir...

3 comentários:

nina rizzi disse...

que gravura belíssima. me lembrou "la dance", de matisse, mas os esboços e não a obra acabada.

e eu prefiro saltar :)
beijo.

BAR DO BARDO disse...

um ponto de vista

intrinca
intriga

ele se pulveriza no caos?

gostei também da gravura

FELICIDADES!

Batom e poesias disse...

As vezes é preciso coragem e sensatez para desistir. Igual ou maior que a coragem de saltar.
Gostei!

bjs
Rossana